Muitos se surpreendem com a descrença no casamento. A realidade da atualidade é que
muitos ainda se casam sim, mas nem sempre conseguem concretizar o dito “felizes para
sempre”.
As dificuldades sempre vão existir, mas é preciso saber se ambos estão dispostos a
trabalhar o suficiente de forma a realizarem o encaixe perfeito.
A fase de adaptação é comentada por poucos, mas ela existe realmente, e é o que temos
visto com episódios anteriores. Hoje não será diferente.
Até que ponto a nossa criação pode influenciar as nossas atitudes no nosso casamento?
Pensativo?
Solteira vs Casada
“Cresci num lar de pais separados. Logo a minha mãe era a figura masculina de casa!
Ela é que provia, e nunca nos deixou faltar nada, sem fazer caso se o meu pai ajudava
ou não.
Ela sempre foi uma inspiração para mim e até hoje guardo um lugar muito especial
para ela dentro de mim. Mãe é mãe! Mulher trabalhadora, de muitos objectivos,
perseverante, guerreira… enfim, os adjectivos que a descrevem são muitos.
Como em casa não havia Pai, por consequência a última palavra sempre foi a da
minha mãe. Ela mandava em tudo, mantinha tudo em ordem. Ela conquistou o nosso
respeito!
Então cresci com essa referência de mulher. Porém, não podia trazê-la num todo para
o meu casamento!”
Casada vs Solteira
“No dia em que finalmente disse “Sim” ao meu amado, mal podia pensar que esse
“Sim” teria que vir RECHEADO de sacrifícios e cedências que teriam que acontecer
para o bom funcionamento do meu casamento.
O meu grande dilema começou no primeiro ano. Verdade seja dita, nós reproduzimos
aquilo que aprendemos, sem tirar nem pôr!
Então lá estava eu a tentar fazer aquilo que a minha mãe fazia connosco, só que dessa
vez com o meu marido!!
Ele sem conhecer esse meu lado, ficou chocado.
Digo tentar porque na verdade nunca deu certo… Querer ter a última palavra no
casamento foi uma das coisas que de facto tive que vencer porque eu tive alguém do
meu lado que soube colocar-me no meu lugar.”
Mudar vs Manter
“O meu marido, muito sabiamente, soube impor-se no seu papel como homem da casa,
(obs: e confesso que isso me trouxe bastante segurança) mas que não resolveu o meu
problema de querer as coisas do meu jeito, de querer sempre ter razão, de querer
reproduzir aquilo que vi na minha mãe.
E dentro de mim um turbilhão de sentimentos porque não queria ser aquela sem
expressão, opinião, vontade. Afinal eu queria ser como aquela mulher que sempre foi a
minha mãe!
Tudo mudou quando eu ENTENDI que não devia competir com o meu marido pois
somos uma equipa. Numa equipa confiamos na outra pessoa e delegamos
responsabilidades diferentes. Percebi que poderia passar-lhe mais segurança ao
demonstrar confiança no seu papel como líder.
A mudança não demorou muito, depois de ter percebido que o meu marido passaria a
confiar em mim nas tomadas de decisão, e começaria a contar comigo para tudo.
Claro que tenho aqueles momentos em que tenho que respirar fundo, relevar, aceitar
ceder, porque eu disse “Sim” para Ele. E continuo a dizer até hoje por meio das
minhas atitudes!
Hoje, isso não é mais problema, e tê-lo resolvido evitou que muitos outros
acontecessem.”
Dicas Mrs Correia
Bem, mas que experiência!
Numa época em que a luta pela igualdade apenas tem confundido/destorcido valores, e
por isso mesmo trazido vários problemas.
A cada experiência temos percebido que o casal é tido como uma equipa, e nesse
sentido não se trata de valorizar ou desvalorizar, mas de definição de responsabilidades
em prol de um bem comum, um casamento realizado.
O que acharam desta experiência? Contem-me tudo.