Um tema que por muitas vezes parece tabu, mas hoje uma partilha incrível, de uma leitura impossível de não partilhar na integra.

Os dois papéis são importantes, cada um com o seu grau de responsabilidade, mas também cada um com o seu toque de consideração e credibilidade.
Confesso que não esperava nenhum dos convites, que quando os recebi ainda hesitei, mas a consideração recíproca foi mais forte do que eu.
Foram dois casamentos e cada um diferente, com noivas diferentes, mentalidades diferentes, porém, as duas muito especiais.

E devem estar a perguntar: “Sim, mas como foi? Gostaste? Pensaste muito no facto de seres solteira e ainda não ser a tua vez? Achaste que ao pegar o buque tudo ia se resolver? Ou naquela cerimónia ias encontrar o tal?”
A resposta a todas as questões é não (risos).

Vamos começar pela parte financeira.
Nas duas situações não sabia, nem tinha como ajudar financeiramente, pensei em desistir exatamente por isso. Porque não tinha como ajudar a noiva com as despesas e na segunda, porque nem sabia como comprar o meu vestido de dama.

A primeira noiva foi impecável comigo, não queria contar apenas com o meu apoio financeiro, pois para ela, quando me convidou para ser madrinha, era mais do que o apoio financeira, era o suporte psicológico, era a gestão de tudo aquilo que iria ser uma luta de meses, uma organização meticulosa… e sim, eu estaria ali.

Então assumi o meu papel, decoração, lista de presentes, convidados, chamadas telefónicas no meio do dia, alguns momentos desesperantes, mas também outros de muitas gargalhadas, em que ela dizia: “Podes fazer como quiseres madrinha, confio em ti”.
Com a segunda já foi diferente, uma outra mentalidade, outra maturidade, e o facto de não ter condições para comprar o vestido de dama, confesso que me estava a torturar, quantas vezes pensei em desistir, mas a consideração e o carinho por me ter convidado estava acima de tudo.

Mas aqui a grande questão, é a forma como a noiva lida com tudo, se ela vai aproximar-te, fazer deste momento especial para ela, não só dela, mas também teu, se ela vai levar-te a fazeres parte deste BIG DAY.

Ambas as situações foram superadas, porque priorizei a amizade, a consideração, no final as duas valeram a pena, mas também tiveram os seus dissabores.
Se a ansiedade veio? Se no estado de solteira pensei que estava a ficar para trás?
Hum…. Será?
Em nenhum momento. Amei fazer parte dos dois momentos especiais, amei como se fosse o meu, agradeci as bênçãos que me foram passadas, aquele momento: “Miga, a próxima és tu”… rsrsrsrs.
Aquele não era o momento para pensar em mim, não era o momento para me comparar, mas sim para me dar. Se imaginei em alguns momentos como seria o meu? Claro.
Será que fui egoísta por isso ou até invejosa?

Não, quantas de nós já pensamos isso… não significa inveja, não significa egoísmo, significa que têm uma visão como solteira: “Casar e ser feliz”.

Uma coisa, eu sei, amei-me nestes dias, fiquei linda por mim e por elas… porque isso também é importante, e não só nestes dias, mas todos, porque quem se ama, sabe esperar.

CS, amando-se.

E com vocês, como foi? Sendo solteiras aumentou a ansiedade? Partilhem tudooo.